Rede Globo e as prostitutas

Carlos Terra

O programa - Altas Horas - da rede Globo, agora está convidando toda semana uma prostituta ou ex-prostituta para dar entrevista. Essa semana foi uma menina que disse ter feito mais de trezentos filmes eróticos e que em um deles teria transado com 15 homens ao mesmo tempo. Não tenho nada contra as prostitutas! Cada um faz o que quer de seu corpo e sua vida. Mas, não seria o caso da rede Globo e do Serginho, utilizarem um horário tão disputado pela juventude, para entrevistar pessoas que pudessem trazer uma palavra e um exemplo de vida mais edificante? Será que realmente é só por isso que os jovens se interessam? Quantos homens e mulheres com histórias de bravura na defesa da educação, ciência, saúde, música e tantos outras áreas, estão no anonimato? Esses que poderiam ser verdadeiros exemplos de vida e de cidadania para nossa juventude, não são convidados para os horários nobres da televisão. Preferem dar esses espaços para pessoas vazias, contarem como ganham dinheiro vendendo seu corpo e sua dignidade, como se esse fosse um belo exemplo a seguir.
Será que o Serginho ou algum diretor da rede Globo estimularia seu filho ou pessoa amada a ser garoto ou garota de programa? Duvido muito. Dedicam tantas horas de sua programação na apologia da prostituição e depois hipocritamente fazem um programa por ano, contra a violência e a marginalidade. E ainda usam o slogan: "Vida inteligente na madrugada".